Traduzindo

sexta-feira, maio 28, 2010

Discussão

Eu queria agradecer mais uma vez pelas palavras carinhosas.
Tudo do bom e do melhor para todos nós.
Espera que alguém tenha paciência de ler este de agora.
Acho que eu me empolguei um pouco e não soube a hora de parar.
Acho que ficou grande demais...
Mas, espero que gostem, que viajem juntos...
Beijos e abraços!
=]

Ah, mulher, por que tu choras?
Se foi tu mesmo quem disse:
“Faz as trouxas e vai embora!”

Ainda mais com essa agora
O que tu achas que eu sou
Pra me ter a qualquer hora?

Ê, mulher, diz agora o que tu tem
Se foi tu mesmo quem disse:
“Não sou tua e de ninguém!”

Então, mulher, por que voltou?
Não foi tu mesma quem disse
“Nosso belo romance acabou!”

Ei, mulher, foi bonita tua atitude
Nem me enrolou muito
Deu-me logo um belo chute!

E agora, o que mais tu quer?
[Quer mesmo saber?
Escuta e me entende, se puder

Tu não sabe de verdade
Ou será que não entende?
Isso é coisa da idade
Ou será mesmo um demente?

Lembra o tanto que eu sofria
Com tuas amigas idiotas
Ainda queria minha alegria
E que estivesse sempre disposta

E tuas desculpas esfarrapadas
Pra besteiras sem tamanho
Tu fez tanta da burrada
Por vezes parecia um estranho...

Sabia do meu ciúme contigo
E parecia nem ligar
Mas aquele meu pobre amigo
Tu parecia querer matar

Olha, eu nunca te entendi
Tu é paradoxo, complexo
Era romântico, cheio de versos
E um selvagem no...

Ainda tinha o futebol
E a cerveja com os amigos
Tu não tem ‘semancol”
O centro do mundo é teu umbigo!]

E uma hora dessas tu aparece?
Já sei, a culpa é de Deus
Que não escutou as minhas preces!

Eu era tão monstro assim?
E então foi culpa minha
Nosso amor ter tido um fim?

[Eu não disse que acabou
Mas assim tu entendeu
Inexplicavelmente
Esse sentimento permaneceu]

Mas tu só pode ser louca!
Veio zombar da minha cara?
E achar a minha desgraça pouca?

Nesse tempo, eu me perdi
Foi uma tristeza para mim
Me larguei, prostituí

Entregava-me aos fáceis amores
Querendo provar a todas
Os perfumes, os sabores...

Se eu falo sem constrangimento
É para que tu entenda
Que já passou esse momento

Mas se permaneceu tal sentimento
Me pergunto: ele não deveria ter superado
Todos os nossos desentendimentos!

Eu sempre fui louco por ti
E tentei esse tempo todo
Meu defeitos corrigir

[Me desculpe, meu amor
Mas não posso acreditar
Só darei uma chance
Se me levar para o altar!]

Pois então fica assim mesmo
Comigo tu só quer casar
Para me pôr no teu cabresto!

[Tudo bem, meu querido
Não vamos mais discutir
Cada um vai pro seu lado
Mas uma chance eu daria para ti]

Então é assim que funciona?
Tu querendo, nós voltamos?
Desde quando é tão mandona?

[Meu anjinho, sem suspense
Dê-me uma chance, te dou outra
Mas espero que não pense
Que estou agindo feito louca]

Eu gostei, parece-me justo
Já até deixei de ser
Um largado e prostituto!

Pois então está tudo certo
Mas se vinher com besteira de novo
Eu te mando pro inferno!

[Eu te digo a mesma coisa
Que tu pare com teus chistes
Senão a tua testa
Vai explodir de tanto chifre!]

Meu benzinho, estou brincando
Vamos logo para casa
Quero passar o dia te amando

Na nossa engraçada história
Essa briga foi somente um tropeço
Vamos fazer do fim, um bonito recomeço!
=]

domingo, maio 23, 2010

Paraíso

- Opa, com licença, o senhor tem um minutinho para uma pesquisa?
- Olha, se for um minutinho mesmo, eu tenho.
- O senhor acredita em vida após a morte?
- Como é?
- Em vida após a morte, o senhor acredita?
- Olha, nunca parei para pensar sobre isso não.
- Sério? E o que diz a tua religião?
- Bem, eu não concordo com tudo que ela diz. Além disso, passar a vida pensando com como vai ser a morte ou o que vem depois dela, me parece um desperdício dessa nossa oportunidade por aqui. Até onde eu sei, tenho uma vida e pretendo honrá-la vivendo.
- E no paraíso? O senhor acredita?
- O paraíso agora é a minha cama quentinha. Um abraço!

Depois desse breve diálogo no meio da rua, comecei a pensar meio que de brincadeira sobre o paraíso e depois a atividade tornou-se um divertido exercício de imaginação. Como eu sou pouco criativo eu tive um pouco de dificuldade, embora tivesse me divertido bastante. Se eu pudesse escolher como deve ser por lá, ele seria mais ou menos assim: primeiro de tudo, estaria com minha família, meus amigos, meus amores, tudo misturado e sem ter confusão.

Deveria ser grande o bastante pra caber todo mundo confortavelmente, com espaço para aqueles momentos em que todos precisam ficar um pouco só. Seria grande, mas com uma enorme facilidade para encontros entre todos. Com um pessoal desses até ônibus lotado no meio-dia é um paraíso. Bem, dizem que eu costumo ser um pouco exagerado. Vai entender...

Depois das companhias, o ambiente. Deveria ter uma praia bem legal, com espaço pro surf, frescobol, futebol, vôlei, caminhadas, corridas e tudo o que mais for possível fazer e não fazer por lá. Com uns coqueiros espalhados por lá também. Teria sombra e água fresca.

Deveria também ter um espaço pro sertão. Uma mistura de África com Brasil, com açude, rios, lagoas e todo tipo de árvore e bicho. E teria um daqueles espaços dos quais não me recordo o nome, mas que servem para fazer rapadura. Além de uma área grande pros bichos todos, leões, elefantes, rinocerontes, bodes, cabras e galinhas, nos incluindo por aí.

E também não poderia faltar uma serra, sendo que uma serrinha tava valendo já. Com trilhas e cachoeiras e aquele friozinho gostoso propício aos amantes de todas as idades. Se nevasse um pouquinho seria maravilhoso. E não poderia ser muito longe do sertão e nem da praia. Porque distância das pessoas querida no paraíso não dá certo não.

No entanto, apesar de tanta beleza, eu não tenho tanta pressa de conhecer o paraíso. Ainda tenho muita coisa pra fazer por aqui. Meu objetivo por enquanto é fazer o paraíso aqui mesmo, tornando a vida dos outros bem melhor. Eu faço o que eu posso, seja escrevendo, ajudando escutando os problemas, com meus conselhos clichês, falando besteira... Do jeito que eu puder ajudar, eu ajudo. Não, apesar do nome, eu não sou um anjo na terra. Eu sou só mais um ser humano comum. Não faço nada esperando recompensas, faço o que acho melhor, o que ás vezes pode nem ser o certo.

Deixando de lado essas divagações existenciais, aviso logo que eu não tenho uma idéia certa mesmo de como deve ser o paraíso. Não tenho fortes contatos a me confirmar o que foi dito. Tudo ali na parte de cima é apenas mera especulação, coisas da minha imaginação. Só de uma coisa eu tenho certeza: posso não saber onde é e como é o paraíso, mas eu tenho uma grande certeza de que lá tem um lugar pra eu armar a minha rede...
=]

domingo, maio 16, 2010

Aprende com a chuva...

De volta.
E muito feliz com as palavras carinhosas que me deixaram por aqui.
Muitíssimo obrigado mesmo.
Sempre uma alegria e um prazer enorme estar com vocês, nesse nosso mundo virtual e que me faz tão bem.
A correria não parou ainda, mas não podia deixar de aparecer por aqui.
Até o próximo.
Beijos e abraços!
=]

Salomão colocava a blusa quando ela chegou. “Vai mesmo agora? Tá um tempo estranho, pode ser que comece a chover...”. E ele nem disse nada, ficou com uma cara de besta olhando para ela até dizer: “Olha, eu vou só comprar o pão e jornal no outro quarteirão. É coisa rápida, em menos de dez minutos eu volto. Ele está no carro já?”. Davi esperava no carro, olhando para o céu e para as árvores do quintal, mais consciente do que muitos de nós.

“Não vai correr, ouviu? Sabe que eu não gosto e não faz bem pra ele”. E ele respondeu: “Pode deixar, meu amor, vai ser bem tranqüilo”, enquanto pensava: “não faz bem é pra você, que fica preocupada, ele adora”. E foi embora empurrando o carrinho com o projeto de homem dentro.

Tudo correu tranqüilo. Comprou o pão, o jornal, jogou uma conversa fora, as pessoas deram mais atenção ao sujeito dentro do carrinho do que pra ele, contudo, ele nem esquentou. “É normal mesmo, agora ninguém quer saber de mim, tudo bem”. Foi caminhando, empurrando o veículo, tendo cuidado com os buracos, mas doido pra correr um pouco com ele. “Quem não gosta de um pouco de velocidade e o vento batendo na cara e mexendo com os cabelos? Ele não movimenta muito os meus, no entanto, eu gosto do vento na cara”.

Súbito, começa a chover. “Bem, eu não queria, mas vou ter que correr”, e começou a correr imitando um carro de fórmula um com a boca e escutando risos do pequeno ocupante, a se divertir com a situação toda. Encontram abrigo debaixo de um toldo de um restaurante que não abre aos domingos. Ficariam esperando a chuva passar. Enquanto isso, ia conversando com o jovem caronista, pouco preocupado se ele entendia ou não, mas explicando com a sua sabedoria da vida, que não se aprende na escola, faculdade, cursinho, MBa, correspondência, online ou coisa do gênero, mas unicamente vivendo.

“Olha cara, tá vendo a chuva? Tem coisa melhor que uma chuvinha dessa? Seria perfeito se estivéssemos em casa, ouvindo ela bater no vidro, deitados bem agasalhados ou fazendo aquela bagunça que eu sei que tu gosta. Presta atenção nessa mensagem bonita da chuva: na metáfora da transformação e renascimento. Ela cai e torna a subir num processo que eu não lembro o nome, mas que um dia tu aprende. Leva isso pra vida, tu pode até cair, mas não deve nunca deixar de tornar a subir. Não deve deixar jamais as dificuldades te barrarem, supera todas. Tu tem nome de rei, mas deve ser sempre humilde e obstinado como o mais pobre dos homens em termos financeiros. Tu deve ser o mais rico de espírito e dividir essa riqueza com os demais.” Fez um silêncio e pensou: “Poxa, mandei bem nessa”

“E tem outra coisa, tu vai aprender ainda o quanto um banho de chuva pode ser bom, tua mãe vai morrer de dizer que é perigoso, sendo que antes nós tomamos vários e vários banhos de chuva, mas sem entrar em detalhes agora. Somos dois loucos por chuva e ela fica se reprimindo, isso não se faz. Tudo bem, alguns adultos têm a mania de esquecerem tudo que fizeram quando novos. Eu sou contra essa hipocrisia, vou te avisar, tu vai fazer se quiser, pra aprender a quebrar a cara que nem nós quebramos muitas vezes. Quero tua felicidade, mas tu precisa aprender muita coisa, assim como eu estou sempre aprendendo. Nosso aprendizado nunca chega ao fim”.


Deu um sorriso maroto e continou a falar: “Trata a chuva como a tua professora da oitava série, que tu respeita e ao mesmo tempo quer estar dando uns amassos. Nem muito respeito e nem pouca vergonha. Quer dizer, uma coisa assim, tu vai entender ainda, mas não diz isso pra tua mãe, fica entre nós isso. Depois eu te digo mais coisas sobre as mulheres, entender não tem como, mas dá pra aprender o suficiente pra não ficar muito louco com elas, já que por elas não tem como mesmo”.

A chuva parou e voltaram pra casa. E lá vinha ela toda preocupada. “Ele não pegou chuva, não é? Tu não correu com ele, né?” Por qual razão demoraram tanto assim? Aconteceu alguma coisa?”. E ele disse calmamente. “Calma, mulher da minha vida. Não aconteceu nada, compramos tudo e nos abrigamos antes de começar a chover. Foi tudo bem, amore mio”.

E ela com o jovenzinho nos braços, ele a rir e a abrir os braços como quem quer voar e ela olhando desconfiada, conhecia a lábia do marido, embora soubesse que ele não faria ou esconderia nada de ruim. Convenceu-se de que tudo foi bom, mas não pôde deixar de perguntar: “Se foi tudo bem mesmo, qual a razão desse sorriso besta?”

“Oura, amor, tem coisa mais bonita e multiplicadora de sorrisos do que a vida?”
=]

domingo, maio 09, 2010

A vida

Voltei mais cedo.
Antes de mais nada, um feliz Dia das Mães para todas as mães. Elas merecem.
Mãe no sentido mais completo da palavra, a pessoa que dá amor, que cria, não só a mãe biológica.

E dia 07 passou já né? Mas tudo bem, desculpa o atraso. Dia 07 foi o aniversário do grande parceiro Yslan. Parabéns cara, tudo do bom e do melhor pra ti. Tu mora no coração, precisando, estamos por aqui.

Até o próximo, que, pelo visto, vai demorar mais de uma semana.
Beijos e abraços!
=]

Estava eu indo deixar o lixo, despreocupado, pensando na vida, com uma mão esquerda segurando um saco e com o dedo indicador direito limpando o nariz. Olhando pro chão, mas com a cabeça no mundo da lua, e, pensando nela, comecei a pensar na vida. Na minha passagem por ela, nos meus amigos e amores, até no blog eu pensei....

Pensei, depois de tanto tempo, em mim. Eu não sou muito culto e nem tão desligado, não sei de muita coisa e estou sempre aprendendo com as mais diversas pessoas. Faço o que gosto e estou sempre muito bem acompanhado, ainda que sozinho. Por diversão e prazer e não necessariamente nessa ordem, jogo meu futebol, vou para a praia, cinema, fico muito tempo com família, amigos e amores, e, escrevo, sobre isso tudo ou sobre nada disso. Não controlo.

Se um dia eu ficar famoso por conta dos meus escritos, cair em questões de prova ou algo assim que atestam o nosso grau de fama, serei polêmico. Os meus defeitos, tenho certeza, serão qualidades. “Olha como ele coloca títulos simples, é um gênio!”. Nada disso, é um burro – brincadeira -, mas nunca fui muito bom com títulos, são sempre o mais simples possível.

“A intenção do autor nesse texto era dizer...”. Bem, ninguém pode acertar uma questão assim, de verdade. Como sabem as minhas intenções? Se nem mesmo eu as conheço, pode um desconhecido sabê-las? A minha intenção pode ter sido traída pela minha sub-intenção (existe isso?). Tenho certeza que erraria uma dessas questões facilmente.

Não gostaria de ser classificado. Basta escritor e pronto, nada de cronista, poeta, contista ou repentista. Escritor já basta. Geração? Escola? Como assim geração e escola? Eu não sei de nada disso, de fazer parte de escola alguma e geração menos ainda. Podem colocar assim: geração, atual; escola, da vida. Nem mais, nem menos.

Estilo? Como assim estilo? Nem meu estilo de roupas eu defino, imagine de texto. Eu sou senhor de meu texto, inocentemente pensando. Eu apenas vou escrevendo. Não sei se existe mesmo um estilo que seja só meu. E se disserem que eu copio alguém? Eu nego, eu apenas vou escrevendo, já disse. Se me acusarem de ter um estilo, peço desculpas, não é intencional. Eu nem tento copiar os outros e muito menos me copiar, é apenas criação livre.

E pensando na vida, derrotas e vitórias, amigos e amores, nas mais diversas aventuras, alguns versos brotaram. Eu vinha aqui só colocar os versos, mas achei melhor contextualizar de onde surgiram. Caso não estejam bons, desculpem, mas não dá pra acertar sempre...

De derrotas e de vitórias
Nós vamos vivendo
A cada grito, a cada gesto
Viva sempre o momento!

Se for pra chorar
Se for pra sorrir
Se for pra amar
Se for pra fugir

Chore
Sorria
Ame
Fuja
Viva!

Não leve uma vida mais ou menos
Entregue-se com alma
Sinta todos os sentimentos
Sinta o fio da navalha

Erros e acertos
Uns dias repetidos
E pra cada situação
Faça um esforço desmedido

A vida tem um sentido
Pra cada pouco desejado
Não pode pensar em perigo
Tem que correr o risco

A vida é muito dinâmica
Jamais estática
Tem tanto choro
E tanto riso
Aventura fantástica
Teatro do improviso
=]

domingo, maio 02, 2010

Semente


E então pessoal, tudo tranquilo?
Por aqui, tudo indo bem.
Talvez eu passe umas duas semanas meio sumido, mas eu volto.
Sempre um prazer ter vocês por aqui.
Até depois.
Beijos e abraços!
=]

- Caramba, eu nem acreditei quando vieram me contar...
- Como assim? E o tanto que eu te avisei? E o tanto que eu te dizia?
- Mas é porque...
- É assim mesmo, a gente avisa, aconselha, mas alguém escuta? Escuta nada...
- Tudo bem, desculpa, mas é porque eu não imaginava que fosse tão assim mesmo de verdade...
- E por qual razão não acreditou em mim mesmo?
- Sei lá, eu pensei que era só ciúmes mesmo, eu acreditava, mas não via tanto perigo assim não...
- E desde quando eu tenho ciúmes de ti? Tá louco? Tava só avisando mesmo, afinal, quem avisa amiga é, não é?
- Verdade, isso é verdade.
- Eu tinha te avisado que ela tinha essa mania, que era pra tu ter cuidado, bem, não vou ficar mais repetindo, essa história que tu ouviu confirma tudo que eu tinha dito antes...
- Foi mesmo, e pensar que ela tá marcada pra apanhar em um bairro no qual eu pensava que ela nem freqüentava, ainda mais pela namorada do primo de um amigo meu... Eita, história enrolada...
- Ela é assim mesmo, tocando o terror em todos os bairros, atacando os namorados e homens alheios! É uma devoradora de homens!
- Eita, mas tu gosta de um exagero, hein?
- Mas não é não? Tô mentindo?
- Bem, verdade, tem sua verdade aí. E agora, como vai ser?
- Como assim?
- Ela não é tua amiga?
- Minha amiga mesmo não, ela é muito amiga de uma amiga minha, mas minha mesmo é que não é!
- Mas vocês não estão sempre juntas?
- Bom, eu não posso chegar e dizer pra ela não ficar mais perto, não posso.
- Hum... Não era melhor tu avisar tuas amigas não?
- Eu? Tá louco? Passar por fofoqueira? Jamais!
- Mas ela andando com vocês pode acontecer alguma coisa... Bem, só avisar por cima de ficarem com olhos bem abertos, não vacilarem com os pretendentes...
- Como assim?
- Avisar pra outras, sei lá, acho melhor mesmo, de verdade. Embora fique um clima ruim, pode ser bom para o grupo todo, saber como cada uma é quando o assunto é ‘homens’, umas “respeitam” e outras não.
- Sei não, sei não... Acho possível tomar cuidado e não deixar de falar com ela
- E tu vai continuar andando com ela? Tem certeza disso? Não era melhor afastar um pouco, nunca se sabe...
- Que tu tá querendo dizer com isso?
- Não que eu esteja dizendo que ela vai fazer, mas... Vai que acontece contigo? Como seria? Tu se fingiria de morta? Ia fingir que não tinha importância? Se ela dando em cima de mim, que sou só amigo, tu tinha ciúmes, imagine quando for com alguém que tu queira ter alguma coisa...
- Diz aí,cara, tu quer semear é a discórdia no meu coração, né?
- Não, no teu coração eu só quer semear o amor...
- Pois nem precisa se preocupar não.
- Já sei, vai dizer “larga de ser chato idiota, somos só amigos”.
- Não, vou dizer pra tu abrir os olhos e ficar preocupado apenas em regar...
=]