Traduzindo

segunda-feira, maio 25, 2009

Parabéns!

Hoje, dia 25.
Ontem, aniversário da Lidiana.
Amanhã, aniversário da Marina.
Duas pessoas que só me fazem bem.

Conseguem me aguentar, escutar minhas histórias, minhas viagens.
Conhecem meus defeitos.
Meu celular no silencioso, as chamas perdidas, as mensagens.
Quero aqui dar os parabéns para as duas.

Para a Lidiana, por me fazer querer ser uma pessoa melhor e pela paciência que tem comigo.
Para a Marina, por colocar mais música na minha vida e me fazer acreditar que vou melhorar um dia, um dia...

Parabéns!
Bjos e abraços!

Vai, me deixa...
Te ouvir cantar
Te fazer sonhar

Mais uma vez
Me chama
Não se acanha

Me deixa entrar
Na tua casa
Na tua vida

Vou te dizer
Eu quero entrar
Não mais sair

Me deixa ver teu sorriso
No rosto, na alma
Multiplicando os meus

Mas eu te aviso
Eu tenho asas
Não fico preso
Quero voar

Me deixa ser livre
Sair um pouco
Depois voltar

Deixa eu te fazer sorrir
Te ver voar
Não te prender
Te ver gostar

Já conheci muitos lares
Muitas vidas e amores
Alegrias e dissabores

Mas hoje você
E só você
Me faz sorrir...

Ah, Marina
Deixa eu ser a tua canção
A tua rima

Me deixa Marina!
Vai ser minha sina
Entrar de vez
Na tua vida...
=]


Hoje sonhei tendo mais tempo
Para estar ao teu lado
E coloquei muito sentimento
Neste meu seguinte versado

Vou dizer com sensatez
O que penso em fazer
Nem precisa rapidez
Sei que vai acontecer

Vou passar na tua rua
Vou te dar alguns presentes
O céu, estrelas e a lua

Vou falar no teu ouvido
Bem baixinho, bem suave
Tudo que estou sentindo

Vou dizer que eu te quero
Te entregar estes meus versos
És agora a minha musa
O sol de meu universo

E troco meus versos por um verso
Que te faça sorrir
Meu mundo por um verso
Que te traga para mim!
=]

terça-feira, maio 19, 2009

Diálogos do meio da noite...

E aê!
Bom, veio um diálogo na cabeça.
Vou colocar aqui, quem sabe um dia eu reaproveito, ou não
bjoos e abraços!
=]

- Oi, com licença, você vem sempre aqui?

- Olha, venho sim, mas se for pra continuar recebendo cantadas desse nível eu vou parar de freqüentar o local.

- Ah, desculpe, eu só vim dizer que esta é uma área para não fumantes, e a senhora...

- Oh, mil perdões. Desculpa mesmo, estou com a cabeça tão cheia que acabei nem percebendo.

- Tudo bem, todo mundo tem seus dias ruins. Peço desculpas pelo modo como cheguei, ficou passível de outra interpretação mesmo. Agora vou indo, obrigado pela compreensão...

- Espera, escuta. Eu realmente estou num dia ruim, mas peço desculpas pelo modo grosso como te tratei, não tinha intenção, quer dizer, até tinha, mas, enfim... Desculpa mesmo.

- Não foi nada, relaxe. Nesses dias assim é bom fazer algo relaxante ou estar com quem a gente gosta. Ou, quando o nível de stress é grande mesmo, o bom é ficar sozinho para não sobrar para ninguém...

- Eu estava sozinha até quase agora...

- Entendi, já vou indo...

- Não, não era isso que eu ia dizer. Espere.

-- Só falei aquilo porque quando sou eu, é o que eu faço. Não encare como se eu estivesse me intrometendo na tua vida, é só uma opinião.

- Tudo bem, desculpa, tem um quê de verdade no conselho. Acontece que o mais relaxante no momento me pareceu o cigarro e o café desse barzinho meia-boca, um dos poucos abertos uma hora desssas...

- Eu te aconselharia a ficar só no café, menos destrutivo, eu acho...

- Tem razão. A culpa é do meu chefe, aquele mala, me estressou a tal ponto que tive que vir aqui. Conseguiu me tirar do sério mesmo, não que eu seja um exemplo de paciência, mas tem dias, ah esses dias... Sorte esse barzim ter café quente numa hora dessas...

- Não se preocupe, as coisas vão melhorar...

- Como pode ter tanta certeza?

- Eu não tenho, eu apenas acredito e pronto.

- Escuta, não quer ficar mais um pouco? Toma alguma coisa comigo?

- Vamos marcar para uma próxima, hoje não vai dar certo, tenho que fechar o bar meia-boca agora pois pela manhã bem cedo eu tenho outro emprego...
=]

sexta-feira, maio 15, 2009

Perdi Camila

Bom, o nome ia ser "eu criei um monstro", porque o texto que ia sair era bem pequeno.
Mas por preguiça de terminar, fechar logo o texto, ele acabou crescendo, crescendo.
Eu colocava mais um pouco, mudava outra coisa...
E aí taí ele um pouco grande!

Quem tiver paciÊncia de ler, espero que goste.
Muito obrigado À todos.
Espero voltar em menos de uma semana, vou tentar, eu juro!
Bjoos e abraços
=]

Andava triste o sujeito e ninguém sabia a razão. Os amigos lhe perguntavam e ele dizia: Não é nada não, apenas um momento de reflexão. Ficava pensativo a maior parte do tempo, não precisava dizer nada a ninguém, mas todos sabiam que estava com algum tormento.

Estudou com Camila durante três anos, os últimos do colégio. E o que de começo era apenas amizade, tornou-se um algo mais no último ano. Durante esse tempo viveram um romance, não declarado para todos, num acordo silencioso com alguns, um clima de vai acontecer o namoro a qualquer momento e todos irão saber. Ficavam de vez em quando. Nada era certo, mas eles gostavam quando estavam juntos. Durou quase um ano tal aventura, até o fatídico dia.

Estavam todos na festa do final de ano, a tradicional despedida de turma. E depois de algumas bebidas as conversas começaram a fluir mais facilmente. Saíram os dois para uma conversa particular. E ela já começou assim: “Vamos resolver logo isso, ou colocamos um ponto final e acabamos ou então oficializamos”. E ele, tão menino ainda apesar da barba rala e do bigode fino que ostentava com tanto orgulho, não soube o que dizer. Ficou pensando apenas que no próximo ano estaria cursando direito no Interior e ela, Medicina na Capital. Não conseguiu dizer nada, tentou falar, mas enrolou-se todo com as palavras.

Até, com muito esforço, começar a falar. Não tinha certeza de que queria esse relacionamento à distancia. Achava melhor cada um à sua maneira ir tocando a vida, sem prender-se a ninguém que estava tão longe. Não quis tentar, preferiu o ponto final, foi covarde. E ele falava sem parar agora, mas não saia nada muito coerente, apenas complicava-se mais. E ela,não conseguiu evitar as lágrimas. E a noite acabou, assim como o romance.

Dias depois ele descobre que não mais irá para o Interior. A desculpa a que havia se prendido não mais existia. Poderá transferir para uma faculdade da cidade mesmo, havia surgido uma vaga. Os amigos comemoravam, ela, nem sinal. Ele não teve coragem de ligar, tinha medo.

Criou coragem, apenas o suficiente para agarrar-se ao papel e à caneta. Passou um tempo para conseguir escrever algo, era uma carta. Não escrevia algo assim desde a quinta série. Quinta? Deve ser. Há muito tempo escreveu uma carta para uma tia do Interior e uns versos, obrigado por uma professora de literatura.

Escreveu como nunca mais havia feito e como nunca mais há de fazer. E foi para a casa dela. Seria melhor entregá-la diretamente ou deixar na caixa de correio? Parado, começou a pensar. Parecia perdido. Faltava agora a coragem para entregar? Sim, faltava.

No entanto, tomou uma decisão. Respirou fundo, encheu o peito de ar e o coração de esperança e colocou a carta por baixo da porta. Leria, ela, ou a empregada, ou a mãe dela, o pai, alguém leria. E, tendo um coração, entregará a carta por ele.

No mesmo instante ela abre a porta. Olhos nos olhos. “O que é isso?”. “Uma carta, para você...”. “Não quero saber de carta alguma. Só quero saber de você...”. Rasgou a carta e os dois abraçaram-se. Um abraço forte, apertado, como se naquele instante um alguém invisível tentasse os separar...

E o que havia na carta? Agora não importa mais. Mesmo assim...

Dou-me conta de uma tristeza
E tal sentimento há de colocar um braço pesado sobre meus ombros por muito tempo.
Não desaparecerá tão facilmente.

Falo de perder alguém, uma amizade acima de tudo.
Assim falo, preciso
Querendo evitar o pior, a distância.

Se for preciso, entenderei.
E estarei sempre aqui, disposto a conversar com você.
Como sempre foi.
E você estará sempre aqui, mesmo longe.
Pois jamais será só mais uma.
Jamais será qualquer uma.
Marcou.
Espero não ter te machucado.
Sonho em te reencontrar um dia.
E não coloco um ponto final.
Deixo apenas as reticências...

Perdi Camila
Perdi um bem
Perdi uma amiga

Não soube o que dizer
Engoli palavras
Perdi a fala

Perdi Camila
Que sempre me alegra
Me anima

Perdi o ouro
E também a mina
Triste, tal qual poeta
Perde sua rima

Camila, tão bonita
Boa filha, boa menina
Inteligente e malina

Perdi
Camila

Perdi um amor
Mas lembrarei
Por toda a vida...
=]