Traduzindo

terça-feira, janeiro 23, 2018

Dez anos de Viagens - Um lance

Em 2017, completei dez anos escrevendo para o Acordar pra quê / Viagens na veia. Dez anos. Deve ser uma das coisas que faço há mais tempo nessa vida.

Escrevi muita besteira, eu sei, mas escrevi muitas coisas bonitas também. Escrevia com uma intenção, alguém entendia de outra forma e eu achava isso sensacional.

Cada texto ou poema é um pedaço de mim, minha visão sobre a vida, uma mistura de ficção e realidade. Nunca gostei de dizer se foi algo real ou imaginado. Prefiro o mistério.

Voltei a escrever há alguns meses. Nos últimos anos, sempre ficava com duas dúvidas principais: O texto está bom? Chegou a hora de parar com o blog?

Bom ou ruim, publicava do mesmo jeito. Além disso, não sei quando vou parar de verdade. Esse pode ser o último, como também pode ser o primeiro do ano.

Nesses dez anos, fiquei muito feliz por compartilhar minhas "viagens". Obrigado a todos que me apoiaram e continuam apoiado. Tenho muita coisa boa e muita porcaria pra escrever ainda.

Fico feliz com os elogios e em saber que algumas pessoas têm textos preferidos. Um "adorei", "passei a noite te lendo" ou "enviei pra um amigo" me deixaram muito, muito feliz mesmo.

Continuo aceitando histórias de amor para contar depois, tá? Prometo não revelar nomes.

E lá vai mais um. O último? O primeiro do ano?

Deixa rolar 

=]


Um lance

Era pra ser uma boa história
Na verdade, um conto
Ou crônica
Um lance, não romance

Surgiu do nada
Feito ladrão
Não fez promessa
Zero ilusão

Quem somos nós?
Quem se conhece?
São duas vontades
Não há quem negue

Uma vez é nada
É o mesmo que nunca?
Te beijo e te abraço
E não conto pro mundo

Se te encontro outro dia
Tu sabes, mas repito:
Tu vais encontrar
Meu melhor sorriso

Nada prometo
É a minha verdade
Hoje é o dia
Amanhã, quem sabe?

Dois desconhecidos
Que vida, meu irmão
Uma surpresa a cada esquina
Um tesouro na multidão