Traduzindo

quinta-feira, março 12, 2009

De despedida

Rapaz, antes do previsto que nem havia previsto.
Tava querendo escrever sobre isso faz um tempo, andava me atormentando a cabeça.
Aí não tava nos planos escrever desse jeito, mas, bem, tá aí agora.
Acho que vou bater o recorde de postagens num mês ehehehehhe.
VÊ se termino outros inacabados, se faço uns que estão presos por aqui, vê se escrevo mais e leio mais...
e até dpois então!
bjos e abraços!
=]

A distância ia aos poucos diminuindo. -Corpo inteiro à vista!! Gritava um dos meus neurônios mais empolgados, sempre fora maravilhado com histórias de marinheiros. –É a terra prometida!! Gritou meu neurônio mais religioso. – Nada disso. É o fruto proibido!! Gritou meu neurônio mais gaiato, pra brincar com o religioso. E na verdade, de proibido não havia nada. A “fruta” estava ali, tão bonita, tão saudável, radiando beleza, um algo assim sem palavras que vinha caminhando em minha direção. E ficava olhando e me aproximando.

O que era corpo inteiro agora era só o tronco. –Eita! Vamos nessa!! Gritou um dos meus mais empolgados. –É agora! Vai seu mole! Incentivou outro. E eu parecia meio surdo àquilo tudo, escutava e nem dava atenção. Foi chegando mais perto.

Olhos nos olhos. Olhos na boca. Água na boca. Olhos nos lábios, nos dentes, uma mordida no lábio. Vontade, desejo... E assim, sem dizer palavra alguma, foi acontecendo a maior aproximação possível. Sem hesitação. Não era hora pra pensar em mais nada. Era a hora de deixar acontecer como deve ser, naturalmente...

E então a despedida. O desencontro, o aparte. – Vai macho, mais um não mata não!! Gritou um dos meus mais namoradores. – Declama um Vinicius pra ela!! Disse um dos mais românticos. Era a hora da separação, da despedida, assim como foi o encontro, sem muitas palavras. Dentro de pouco tempo estaria à 2378 km de distância de nossa capital.

O que haveria de fazer? O que haveria de dizer? Dizer? Mais nada. Fazer? Sim. Mais um. De despedida. Mesmo com o último do momento, não estava satisfeito, mas não havia mais o que fazer. Era apenas vê-la ir embora. Como as aves que voam no verão, mas um dia regressam.

E aconteceu tão tranqüilo, tão bom. Por qual razão não fizeram antes? O que os impedia? Agora não adianta pensar sobre isso, na verdade, adianta, pode-se tirar uma lição.

E nessa curta história somente um aspecto pode ser considerado ruim. Sabe o que foi? O pouco tempo.
=]

2 comentários:

lorena disse...

rapz, recorde de posts num mes, fiquei até surpresa viu. hehe, ams ow surpresa boa.

adorei a sacada dos neuronios, axu q vou imitar isso de ti. hehe, fazer um textinho assim tb

adorei

=]

Airtiane disse...

O bom das despedidas é a esperança dos reencontros. E as aves que gostam de seu ninho sempre regressam, mesmo que tenhas que esperar o verão passar, no inverno elas voltam em busca de aconchego e calor. Se o desejo do reencontro não suportar até o fim do verão, pega um avião e vence esses 2378Km (tem é tão longe assim) ;D

Eu tava lendo e lembrei de dois "clichês", acho que é válido citá-los:

"Tudo que é bom dura o tempo necessário para se tornar inesquecível" [mas se o tempo foi pouco, prolongue-o, quase sempre é possível, se não for o faça]

"Há três coisas na vida que não se pode voltar atrás: a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida" [não deixe-as passar, algumas podem ser recuperadas, mas outras - talvez a maioria - são únicas]

Antes de me despedir, não podia deixar de dizer que o texto tá ótimo.
Bjão
;D

PS: "Mesmo que voes, um dia perderá as asas. Isso mostra o quanto és frágil. Mas, enquanto voas, pode ir aonde queres. Isso mostra o quanto és livre." (Kitsune Faherya)