Foi-se embora o
sanfoneiro
Perdemos um sonhador
Em cada nota uma viagem
Do palco ao interior
Em cada nota um verso
De pura lamentação
Dependendo da batida
Fazia chorar o coração
E se as notas mudassem
Não tinha mais quem
chorasse
Fazia brotar novos
sorrisos
E murmurar velhas
canções
Era riso até no olhar
Tinha fogo em suas mãos
Dedos ágeis e espertos
Derretedor de corações
Poesia música líquida
Versos escritos no ar
A sanfona, atrevida
Nos deixava a sonhar
“Sanfoneiro, caba
bom,
vem aqui, me faz favor,
solte um baião bem
ardido
solta logo o forrozão!
Já tomei minha cachaça
e também a minha bença
tô caçando o cangote
daquela linda morena
Sanfoneiro, seu dotô,
faz o mundo ganhar cor
solta o riso e a dança
as conversa ao pé de
ouvido
e os xamego de amor
Deixa chorar a sanfona
esquenta esse salão
manda as agonias embora
que hoje não temos
hora
e fraqueza também não”
Sanfoneiro, bom poeta
do sertão pro mundo
todo
da terra subiu ao céu
em canção se
transformou...
=]
PS: A intenção era fazer uma homenagem ao sanfoneiro (cantor, compositor e instrumentista) que partiu recentemente. Caso não tenha ficado boa, não precisa nem dizer que a culpa é minha e não do homenageado, certo?
Beijos e abraços
=]
3 comentários:
Que homenagem, Rafinha! Linda, linda!
Eu até tentei fazer algo no dia, mas a única frase no meu versinho foi: sanfona silenciou.
Ele subiu num balão de são joão num dia cheio de coisas acontecendo.
E fez história aqui na crosta. Com simplicidade e acordes alegres para sentimentos doloriiidos!!
Foi num dia de semana que partiu o Dominguinhos!
Lindão, Rafa.
Postar um comentário