Desci do
ônibus correndo
Desviando
dos elefantes róseos
Vindos de
Madagascar
Pulei um rio
de pedras
Da largura
de um orgulho
E fui veloz
feito um caramujo
Queria encontrar
o poeta
Antes da
morte da tarde
E da
inspiração fugir
Pelos dedos
dos pés
Desviei de
ideias tortas
De ladrões
de energia
E de
golpistas do amor
Peguei carona
com o desapego
Em troca de
consideração
Dei de cara
com a vergonha
E fingi uma
crise de riso
Rolando pelos
céus
Enquanto assobiava
trovões
Espantando as
mazelas ali perto
Atolei o pé
numa negatividade
E pedi a
força dos fracos
Pra poder me
soltar
Respirei fundo
Inspirando o
passado
E expirando saudades
Corri feito
tempo de prova
Pensando só
em chegar
Ao ponto de
desencontro
Queria ver o
poeta Mário Gomes
Comendo lagartas
E defecando
borboletas...
Não consegui
O sol foi
embora
A lua não
chegou
Nem sinal do
poeta
E de suas
estripulias
Peguei uns
versos do chão
Coloquei no
bolso da calça
Queria pagar
o trem de volta
E comprar
uns sonhos novos
Com o resto
do troco
=]
PS: Sobre o
poeta Mário Gomes: http://mariogomespoeta.blogspot.com.br/
Um comentário:
Estive a ver e ler algumas coisas, não li muito, porque espero voltar mais algumas vezes,mas deu para ver a sua dedicação e sempre a prendemos ao ler blogs como o seu. Se me der a honra de visitar e ler algumas coisas no Peregrino e servo ficarei radiante, e se desejar deixe um comentário. Abraço fraterno.António.
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