Traduzindo

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Imitando a Lorena ou conversa com o Eu-Lírico

Opa!
De volta!
Li o texto da Lorena e fiquei impressionado (do Lugar de Leveza, tem um link ali do lado direito, recomendo demais, muito ótimo).
Aí fiquei impressionado. E pensando: o que o meu eu-lírico iria me dizer?
E tome viagem pensando....
Tem alguns erros aí mas é porque o sono é grande agora.
Depois eu volto e ajeito, eu acho.
Beijos e abraços!
Até depois.
=]

-Opa! Bom dia!!

-Hãm? O quê?

-Bom dia, levanta macho?

- O que é isso? Sonho?

-Sou eu cara, o eu-lírico (o meu word quer separar o eu do lírico, mas eu deixo é tudo junto!)

-Sabia que aquela lasanha antes de dormir não ia fazer bem...

-...

-Ou então eu vi o texto da Lorena e me impressionei demais...

-Pode ser também, mas isso não tira o fato que estou aqui e agora...

- E onde cê teve esse tempo todo?

-Aqui do teu lado, mas preferia não aparecer...

-Beleza. E agora? Tenho direito a três pedidos?

-Não sou o gênio da lâmpada...

-Ah, vai ficar andando no meu ombro então?

-Eu não sou papagaio, nem tu é um pirata...

-Então vai ficar me dizendo o certo e o errado?

-Não és o pinóquio, e nem tenho cara de consciência falante...

-Hum... que um telefone pra ligar pra casa então? Eu-lírico – fone – casa?

-Muuuito engraçado você....

-Sério então? O que tu faz mesmo?

-Eu? Eu faço tudo? Tudo que escreves sou eu que penso. Teus pensamentos e versos e prosas, os doces, os amargos. Os rasos e os profundos. Tudo que não escreves, também. Sou teus espaços, mesmo os vazios...

-Uau, que bonito, se garantiu, depois me ensina certo?

-Não adiantaria nada, sem mim, não vais pra frente...

-Sim, e qual a razão dessa revolta? O que eu fiz?

-Andava muito cheio de si por aí, muito garboso. Ou tens humildade ou não me terás mais.

-Rapaz, então tu me confundiu com alguém, eu sou o mais humilde dos humildes. Humildemente falando, claro.

-Te emendas rapaz, leva as coisas a sério.

-Sim, e agora tava pensando aqui ó, tu podia bem ser mais útil pra mim...

-Como assim?

-Te explico. Ando a esquecer uns versos. Penso em algum lugar e os perco. Antes, guardava-os bem na memória, ia melhorando aos poucos até colocar no papel. Mas agora, não sei o que acontece...

-Obra minha. Pra tu vencer a preguiça. Dar duro nos textos. Deixar de moleza, deixar de esperar a inspiração, trabalhar nos textos mesmo. Resumindo, vencer a preguiça.

-Bem dito, agora dá licença que vou dormir...

-Vai nada. Vai agora mesmo escrever. Aproveita a idéia e joga no papel, no computador ou o que seja.

-Macho, não se empolga que tu não manda em mim não. Vou se eu quiser. E se tu achar ruim, te mato agora no texto.

-Não teria coragem... E seria mais que morte, seria suicídio...

-Não teria coragem? Mas é agora que vou acabar isso!

-Não adianta. Essa tática é conhecida. Muitos autores usaram já, até tu, nós, usamos já.

-Hum? Como assim?

-Tu queres criar um clima, um suspense. O criador e as criaturas, não vai dar certo...

-Vai não é? Quer tentar a sorte?

-Não vai adiantar. Essa tática é conhecida, já te disse. Tu cria um clima de suspense, um momento de maior tensão e finaliza com chave de ouro, com algo inesperado...

-Hum... muito bem. Vamos mudar então. Fazer assim: eu deixo tu continuar a trabalhar comigo. Topa?

-Eu é que vou dizer se tu pode ou não continuar comigo. Afinal, o que tu é, ou acha que é? Um escritor? Um sujeito com um blog? Alguém que gosta de escrever?

-Bem, nem sei como te dizer isso. Não se assuste. Pra começar, gosto de escrever, então, sou um escritor. Se gostasse de nadar eu seria nadador, se gostasse de pescar seria pescador...

-Continue...

-Eu tenho um blog, me viciei nele. Sou um blogueiro assim dizendo. Sou um cara que gosta de escrever, para o blog ou não.

-E quanto à poesia? O que tem pra me dizer?

-Eu gosto de poesia também. Gosto de ver poesia, dos poetas famosos e dos amigos. Arrisco-me de vez em quando. Se muitas vezes sai uma porcaria, algumas vezes algo de bom aparece. Pode ser dentro das métricas, pode ser fora também, não importa. Além da poesia, adoro repente, e se pudesse, ou soubesse, faria vários e vários.

-Então tu se considera um poeta?

-E quem não é? O que é preciso para tal? Uns escolhidos podem e outros não? A poesia vai além da escrita. É um jeito de ver a vida, de sentir, de viver, e mais do que isso. Está além...

-Falou bem, enrolou um pouco apenas. Mas não me respondeu a pergunta: tu se considera um poeta?

-Não sou poeta, apenas tenho um coração quer precisa se expressar. Está feliz agora?

-Não. Podes enganar vários, mas não a mim. Tua negativa em si carrega toda um resposta positiva. Agora, me diz o teu tipo.

-Que tipo? De mulher? De sangue?

-Não, de poeta...

-E tem tipo? Sabia não...

-É dos apaixonados ou dos amaldiçoados?

-Bem, para mim é tudo igual. Os apaixonados são amaldiçoados e os amaldiçoados são apaixonados. Eles possuem certa semelhança.

-Muito bem. Boa resposta. Ficarei contigo.

-Hei, agora me ocorreu algo.

-O que foi?

-Hum... se for como estou pensando, estou feito!

-E o que será?

-Se tu, que é meu eu-lírico apareceu...

-O que é que tem?

-Quando as minhas musas irão me visitar?

=]

3 comentários:

lorena disse...

ai adorei rafael. vc é um figura. e olha só, eu inspirando vc, sabia que esta historia de eu-lirico ia render.

qnd aparecerão meus musos tb? espero ansiosa. rsrs

tem um trecho ali q vai parar no meu orkut.

beijos

=]

Airtiane disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Airtiane disse...

Como sempre, muito bom!!!

Será que eu tenho um desses também???
Acho que não, pelo menos nunca apareceu. huahauhauh
Vixe, agora fiquei pensando aqui uma coisinha...
As musas e os musos só aparecem depois do eu-lírico é???
Poxa, então meu muso vai demorar a aparecer. Pior, se eu não tiver um?!!!
E agora????

Adorei viu.
Bjooooos
;D