Traduzindo

terça-feira, dezembro 19, 2017

Quem és tu, meu bem

Leia como se estivesse balançando na rede e ganhando um cafuné, com alguém de voz suave, um violão e o cheiro de café no fogo.

Leia só se entender que na vida a gente perde e ganha, mas estamos sempre evoluindo. Leia sabendo que, como disse o poeta, tudo vale a pena quando a alma não é pequena.

Quem és tu,
meu bem?
Que joga luz
Que ri tão fácil
Que faz sonhar
E vai embora

- Meu bem,
Bem sabes

Sou porto seguro
E o poço profundo
Sou chave pra cadeia
E a rota de fuga

Sou o riso mais fácil
E a lágrima cadente
Sou o vento no litoral
E o calor sem igual

Sou o sorriso do mundo
E o pesar mais profundo
Sou o gringo invasor
E a chefe da tribo

Sou um beijo escondido
E o amor mais bandido
Sou o desejo no escuro
E o teu pior futuro

Sou feito a vida
Bandida
Covarde
Fugaz

Sou como a vida
Linda
Fantástica
Sensacional

Sou nada
E tudo
Vazio
E com conteúdo

Sou bilhete de loteria
E o fedor da burguesia
Sou palhaço de circo
E o medo do abismo

Sou isso
E aquilo
Teu começo
E teu fim

Sou a carta marcada
E o búzio perdido
Sou a hora acertada
E encontro esquecido

Sou o abraço infinito
E a sensação de perigo
Sou poeta maluco
Dos versos mais confusos







2 comentários:

Lucas Almeida disse...

"Sou o abraço infinito
E a sensação de perigo
Sou poeta maluco
Dos versos mais confusos"

quero parabenizar por compartilhar conteúdo tão sensível e delicado. não li somente esse post, outros também. é uma leitura que vicia de tão leve e simples. parabéns! :)

Rafael Ayala disse...

Lucas,

Muito obrigado por tuas palavras!

Não sei como fazer essa mensagem chegar a ti, mas, de todo modo, agradeço de coração, viu?

Forte abraço!

Rafael